sexta-feira, agosto 25, 2006

Cântico I

"O problema é que sou negro.

Eh difícil ser um poeta negro num mundo onde a lira é dourada.

Vivo ainda a escravidão em mim mesmo e por mim mesmo

E vejo nós acorrentados em nossas prisões

Nós carcereiros

Nós sem a luz do sol

Me angustia

Ver em minha face o tenebrozo algoz

Vale-me minha mãe que não seja por meu seio

que doa em todos nós

eu Prometeu negro

me jogo a masmorra de letras

ao corpo das curvas dela

e assumo

o Anjo Negro que esculpe

é mais santo que eu posso"

(A Cruz e Sousa)

quinta-feira, agosto 17, 2006

0

nada começa do zero
tudo começa do um

no zero nao existe nem, numero.
so quando começa a ter diferença é que começa a mudar.
dois, tres, quatro, cinco...